3-minPara um usuário menos atento, o pneu de um carro contém, basicamente, uma borracha preta com o nome do fabricante, mas para quem já teve a curiosidade de abaixar e ver de perto algum modelo, já percebeu que há muita coisa grafada em sua lateral.

Existe uma série de números e códigos que, talvez, até o mais aficionado por carro nem saiba. Eles trazem muitas informações importantes. Veja algumas dicas para ler corretamente o que cada detalhe de um pneu tem a dizer (informações concedidas pela Pirelli).

1. Modelo do pneu.
Nome fantasia atribuído ao pneu pelo fabricante. Exemplos Pirelli: pneus modelos Cinturato P1, Cinturato P7, Scorpion ATR, Chrono e P Zero, entre outros.

2. Dados da estrutura do pneu que fornecem informações da composição e estrutura do produto:
Plies = camadas de lonas
Sidewall = flanco (lateral) do pneu
Tread = banda de rodagem
Polyester = poliéster
Steel = aço
Nylon = náilon

3. Medidas do Pneu
Características de dimensão e construção.
Exemplo: 205/55 R16.

4. 205: Largura da seção (largura do pneu novo, montado no aro e inflado à pressão indicada, em milímetros)

5. 55: Série técnica: relação entre a altura (H) e largura da secção (S) em percentual.

6. R: Indica pneu com estrutura Radial.
A estrutura de um pneu pode ser Radial ou Diagonal.
A estrutura diagonal é a mais antiga e significa que a carcaça do pneu é constituída de lonas cruzadas uma em relação à outra.
A estrutura radial representa uma evolução construtiva e é a estrutura dos pneus atuais, onde a carcaça é constituída de uma ou mais lonas, cujos cordonéis estão paralelos e no sentido radial. Esta estrutura é estabilizada pelas cinturas metálicas que se encontram sob a banda de rodagem. As grandes vantagens dos pneus radiais são: maior durabilidade, economia de combustível, melhor aderência, aceleração e frenagens mais eficientes e melhor performance de um modo geral.

7. Diâmetro do aro em polegadas. Acompanha sempre a medida da roda.
A Pirelli, por exemplo, dispõe no Brasil de pneus para automóveis passeio, utilitários esportivos e picapes que vão desde o aro de 13 a 23 polegadas.
As mais comuns no mercado brasileiro são as medidas de aro 13”, 14” e 15” (que equipam veículos populares e baixa potência). De 16” para cima normalmente equipam veículos do segmento Premium e Prestige.

8. Índice de carga/código de velocidade.
Exemplo: 94 = 670kg e V = 240km/h.
O índice de carga refere-se a carga máxima que o pneu suporta (considerando estrutura do carro, ocupantes e bagagem/carga). Estes índices são códigos numéricos que vão de 0 a 279, correspondendo cada um a uma carga máxima x, em kg.
É uma marcação reconhecida mundialmente. Os índices para pneus que equipam veículos de passeio vão mais ou menos do código 70 (335 kg) a 169 (5.800 kg). Os pneus para carros populares, normalmente, possuem índice em torno de 82 (475 kg), enquanto que um pneu para carro de luxo de alta potência possui índices mais altos, em torno de 91 (615 kg). A tabela completa normalmente está disponível nos sites dos fabricantes de pneus e no manual de orientação e garantia dos produtos.
O código de velocidade indica a velocidade máxima a que este pneu pode ser submetido. O código é representado por letras e indicam velocidades de 50km/h a 300km/h. Os pneus para carros de baixa potência por exemplo, trazem a letra T (190km/h) enquanto que pneus para carros de altíssima potência podem trazer o código Y (300km/h).

9. Lado da Montagem
Pneus assimétricos possuem lado correto para ser montado no veículo. Isso acontece, pois, o produto foi desenvolvido para entregar o melhor desempenho possível ao veículo, especialmente em piso molhado, melhorando o escoamento da água e garantindo máxima segurança. Caso esta indicação não exista, o pneu pode ser montado de qualquer lado na roda.

10. Indicação de pneus sem câmara (Tubeless) ou com câmara (Tubetype).
Os pneus sem câmara têm, no interno, uma camada de borracha, chamada “liner” e que garante a retenção do ar. Estes pneus são montados em aros apropriados e utilizam válvulas especiais. A maior vantagem sobre pneus com câmara são montagem e desmontagem mais simples, além de resistência maior a perfurações.

11. Data de fabricação, semana e ano (Matrícula DOT – Department of Transportation).
É formada por códigos em quatro posições (Brasil) que identificam a procedência exata do pneu: sigla DOT; código de unidade produtiva; código da medida do pneu; período de fabricação (semana e ano). Estas indicações facilitam o rastreamento dos produtos em caso de segurança e eventual recall.

12. Marcações especial do Eco Impact – mostra os diferenciais do produto em relação aos conceitos de sustentabilidade.

Por: Redação Na Boléia

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