3-14-rev18-03-2019-minCom taxas e soluções de financiamentos cada vez mais atrativas, os bancos das montadoras têm sido importantes para alavancar as vendas de veículos e caminhões, especialmente em tempos de recessão. Com isso, essa operação acaba se tornando estratégia para as fabricantes e tendem a crescer mais neste ano com a retomada do mercado e da produção industrial, que, ao que parece, vem se concretizando.

Um das instituições que fechou 2018 com bons resultados foi o Banco Mercedes-Benz. A empresa anunciou os números de suas operações financeiras realizadas no ano passado, que tiveram crescimento significativo, superando a alta do segmento de veículos. No ano passado, 47% dos caminhões vendidos pela fábrica foram financiados pelo Banco – que somados aos 65% dos ônibus, 34% das vans e 53% dos veículos, totalizaram um crescimento de R$ 3,831 bilhões gerados em novos negócios de janeiro a dezembro. Isso significa alta de 49% em relação a 2017, quando foram registrados R$ 2,575 bilhões.

O aquecimento do mercado de pesados, já no primeiro semestre de 2018, trouxe bons resultados para a instituição: a alta de novos negócios no segmento de veículos comerciais foi de 58% nesse segmento – um montante de R$ 2,585 bilhões em novos negócios ao longo do último ano, ante aos R$ 1,639 bilhão no acumulado de 2017. Já no segmento de automóveis, o crescimento foi de 4%, passando de R$ 323 milhões em 2017, para R$ 336 milhões no ano passado.

Christian Schüler, presidente e CEO do Banco Mercedes-Benz.
Christian Schüler, presidente e CEO do Banco Mercedes-Benz.

“O segmento de veículos comerciais começou sua retomada em 2018, impulsionado pelo crescimento da atividade industrial e pelos fortes resultados do agronegócio, além da boa aceitação do Refrota no mercado no segmento de ônibus.”, salienta Christian Schüler, presidente e CEO do Banco Mercedes-Benz.

Conforme o CEO do Banco Mercedes-Benz, dezembro foi o melhor mês, com a concretização de R$ 409 milhões em novos negócios, o maior volume mensal desde 2014. “Com esses números, o Banco Mercedes-Benz tornou-se o maior financiador de veículos da marca do País em todos os seus segmentos de atuação”, garante o presidente.

Segundo Diego Marin, diretor comercial do Banco Mercedes, esse resultado é fruto de um trabalho intenso da instituição para entender e superar as expectativas dos clientes e concessionários, buscando tornar os processos e operações cada vez mais digitais, a fim de agilizar aprovações de crédito e tratar cada contrato de forma customizada.

Essa postura garantiu crescimento também no acumulado na Carteira da instituição, que fechou 2018 com R$ 9,630 bilhões, uma alta de 20% em comparação a 2017, que encerrou em R$ 8,019 bilhões.

Diego Marin, diretor comercial do Banco Mercedes
Diego Marin, diretor comercial do Banco Mercedes

CDC: principal linha de crédito

Para financiamento, o CDC foi a principal linha de crédito utilizada, totalizando R$ 2,409 bilhões em novos negócios, alta de 136% sobre 2017, quando a modalidade gerou R$ 1,021 bilhão. A modalidade BNDES Finame, por sua vez, caiu 21% (de R$ 1,459 bilhão em 2017, para R$ 1,155 bilhão).

Isso porque com a redução de taxas de mercado e as mudanças no BNDES Finame, o CDC tem se consolidado como a modalidade de crédito mais atrativa para o cliente no segmento de veículos comerciais.

A tendência é que essa linha continue em 2019 como a principal opção de financiamento do banco, justamente pelas taxas e condições atrativas. A instituição oferece ainda outras opções, como Finame TFB, com taxa prefixada, e leasing operacional para toda a linha de caminhões.

Segundo Marin, a taxa de inadimplência também foi menor em 2018. “Se a curva de retomada da economia e da geração de empregos se mantiver positiva, a tendência é que a inadimplência caia ainda mais nos próximos meses”, analisa.

Mudanças

Para se manter alinhada aos novos serviços e tecnologias de mobilidade adotados pela companhia, o Daimler Financial Services também ganhará novo nome em 2019, passando a se chamar Daimler Mobility. O Banco Mercedes continuará com uma divisão e manterá a atual denominação.

A alteração acontecerá em até seis meses. Com isso, será criada uma nova marca, sob a qual serão desenvolvidos novos serviços financeiros e de mobilidade. Faz parte dessa estratégia a joint venture com a BMW, anunciada em 2018, visando à oferta de diversos serviços complementares em todo o mundo.

Os serviços envolvem compartilhamento de veículos, além de opções de recarga de baterias para carros elétricos, estacionamento (via smartphones) e aplicativos de táxis.

Schüler garantiu que a joint venture tem como foco somente os serviços de mobilidade, que já são realidade dentro da companhia. Ou seja, Daimler e BMW continuarão independentes na fabricação e financiamentos de veículos.

O Grupo Daimler já disponibiliza serviços de mobilidade como o compartilhamento de carros (Car2go), táxis (Mytaxi) e plataformas multimodais (moovel), que são conectados de forma inteligente por mais de 20 milhões de clientes no mundo inteiro.

“O mundo mudou e precisamos estar alinhados às transformações para oferecermos sempre o melhor aos clientes. O compartilhamento de veículos, por exemplo, já é um conceito muito utilizado em vários países, por meio do qual as pessoas se movem e dirigem automóveis, mas não são necessariamente donas deles. No Brasil, temos o compartilhamento de bicicletas, por exemplo. E futuramente também haverá espaço para esse novo conceito”, analisa o presidente.

Com tantas novidades e confiante na retomada da economia brasileira, o Banco Mercedes-Benz prevê mais crescimento para 2019. “Estamos bastante otimistas e esperamos um 2019 ainda melhor. Temos soluções muito atrativas e taxas competitivas com recursos digitais inovadores, além de grande proximidade com os clientes, o que nos permite vislumbrar um crescimento no ano de, pelo menos, 15% em novos negócios”, garante Schüler.

Por: Redação Na Boléia

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